5 de mar. de 2011

Sou por acaso minha metralhadora cheia de mágoas

Nenhuma dor deveria desaparecer, até por que ela apenas se esconde, me deixa viva para enganar me traz alivio por mínimas horas, ou se aloja em algum pedaço invisível  do meu ser, para apenas engrandecer e quando mais se acredita que acabou, ressurgir ainda mais persistente, se faz chorar, se faz sofrer e permanecer tudo quanto e trauma  todas as malditas cicatrizes, em cada pedaço de carne, mas nunca desaparece, sempre retornando à sua morada, para que depois de todo o sofrimento e consequências se resultem em uma sorriso, a doce ilusão de felicidade, pior que qualquer alucinação, qualquer fantasma do passado, estou contando os dias baseando-me em todas essas semelhantes perseguições,como a que escrevo agora, tudo que fiz foi amaldiçoar- me, cada pedaço de mim, cada canto desta casa, destruí e reconstruí, parei mais sóbria por alguns dias e voltei ao lado negro desta vida bipolar, mas o que importa?no final da vida não existe nada que te desperte de pesadelo algum, tudo é lícito, tudo é apenas carne sem espírito, e depois de uma lágrima, de um sorriso, de uma conversa, de mais uma desilusão? não sobra coisa alguma assim como tudo agora é ausente, tudo é lícito... tudo é lembrança, nostalgia depois de alguns segundos no passado do presente e assim sucessivamente, eternamente...
A música era triste, o livro longo demais, a lembrança profunda, e a breve depressão já durava horas,e o amanhã sempre, assim sucessivamente ..., num circulo de bem e mal, amor e ódio, alegria e depressão tudo numa só carne sem espírito, uma vida bipolar.

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